Jantarte

Um evento cultural gastronômico.

10/28/2006

Fellini


Na Academia Internacional de Cinema-SP, uma edição do Cinejantar: FeLLiNI.
Menu inspirado na culinária de Rimini, cidade natal do cineasta e cenário de filmes como Amarcord e I Vittelloni
Em breve!!!!

Foto: Galleria dedicata alla pasta. Spaghetti & Stars - Damiani Editore, Copyrights Reporters & Associati

10/26/2006

À mesa com Picasso


Foto que faz parte de um grande ensaio do fotógrafo David Douglas Duncan com Picasso na intimidade.

Jantarte Renoir





Evento de inauguração do Hotel Mercure Trianon/Accor, o Jantarte Renoir contou com a presença de 60 convidados que assistiram uma palestra sobre o artista e depois saborearam o menu francês, especialidade do hotel, com receitas inspiradas numa pesquisa gastronômica que envolveu os restaurantes favoritos do artista, especialidades típicas da região onde viveu e receitas de família.

10/25/2006

Na Antiguidade


"Pois eu sei como se cozinhava este jantar em Atenas ou Roma, aí pelos tempos de Augusto e ainda mesmo sob os Antoninos. O peixe, por exemplo pode ser uma tainha. E aqui está como ela se prepara, ó estudiosos. Tomai essa tainha. Escamai e esvaziai. Preparai uma massa bem batida, com queijo (que hoje pode ser parmesão), azeite, gema de ovo, salsa e ervas fragrantes, e recheai com ela a vossa tainha. Untai-a então de azeite e salpicai-a de sal. Em seguida assai-a num lume forte. Logo depois de bem assada e alourada, umedecei-a com vinagre superfino. Servi e louvai Netuno, deus dos peixes.

O outro prato, pois que se trata de um festim ligeiro, pode ser um queque ou pudim feito pela receita do ilustre mestre Crisipo. Tomai duas ou três alfaces, bem repolhudas. Lavai e enxugai. Deitai vinho dentro de um largo almofariz, e pisai, mortificai nele as folhas de alface. Passai por um ralo para que todo o líquido se escoe; e à alface assim machucada no vinho, juntai farinha de trigo, uma pouca de manteiga e pimenta. Pisai de novo, até obterdes uma massa firme. Dai a esta massa a forma de um bolo chato e redondo. Colocai-o na frigideira com azeite, e frigi em um lume vivo. Toda a antiguidade considerou este bolo uma delicia, e chamava-se catillus ornatus. Não sei se gostareis. Era um prato dileto de Pompeu.

Poderemos depois findar, se quiserdes, pela famosa empada de rosas. Era um acepipe muito usado em todas as festas do culto de Vênus. Para o realizar, descei ao jardim, colhei as rosas mais largas e as mais cheirosas. Pisai-as no almofariz. Ajuntai miolos de galinha, de pombo e de perdiz, muito bem cozidos, e depois de os terdes desembaraçado das mais pequeninas fibras. Acrescentai ainda duas gemas de ovos, um fio de azeite puro, pimenta, e vinho velho, de Malvasia. Depois de ter bem mexido tudo, até conseguir uma massa leve e fina, deitai numa caçarola nova de barro, e colocai sobre um fogo lento e contínuo. Logo que a superf¡cie se aloure, servi. Por toda a sala se espalhará um aroma de rosa - e a vossa alma bendirá Ap¡cio Celio, criador desta maravilha.

E já que tivemos rosas em empada, porque não beber¡amos o famoso vinho rosado? As receitas para o fazer diferem - mas a mais simples e rápida é a de Pausanias. Desfolhai um ramo de rosas, guardai-as durante um dia, e deitai-as dentro de dois ou três litros de vinho velho (de Bordéus, hoje). Ao fim de três ou quatro semanas, juntai um arretel de mel. E se pensais que o gosto e o saber de Heliogabalo podem ser seguidos com confiança, acrescentai ao vinho, horas antes de o beberdes, um punhado de pinhões esmagados, como fazia esse esplêndido e imperial estróina.

A¡ está, pois, um muito fácil e acessível jantar greco-latino. Para o saborearem, condignamente, e com proveito cr¡tico, os convivas deverão estar reclinados num triclínio, e coroados de flores".

(Eça de Queiroz, Notas Contemporâneas, 1893)

Foto: moeda do sul da Itália com desenho de trigo.

10/14/2006

Monet e o sorvete de banana


Receita original preparada por Marguerite, cozinheira de Claude Monet em Giverny. A pobre mulher fazia a receita numa sorveteira manual à manivela e precisava ser bem rápida no preparo pois não tinham geladeira, apenas um balde bem grande com gelo e sal, o que necessitava de uma operação um tanto quanto complicada para que o sorvete ficasse no ponto ideal.

2 xícaras de leite
5 gemas
1 xícara de açúcar
1 1/4 xícara de creme de leite fresco
1 colher de chá de feecula de batata
4 bananas
1 pitada de sal

Prepare o creme básico: ferva o leite com uma pitada de sal. Enquanto isso, misture as gemas, o açúcar e a fécula. Bata até obter uma mistura branca e espumante. Acrescente o leite aos poucos. Leve em fogo brando mexendo com uma colher de pau, sem deixar ferver. Quando o creme começar a aderir na colher, desligue o fogo e deixe esfriar. Faça um purê de banana amassando com o garfo. Passe numa peneirinha e junte com o creme de leite. Misture delicadamente tudo. Leve ao freezer até começar a endurecer. Retire do freezer e bata bastante na batedeira e volte ao freezer por pelo menos 4 horas antes de servir.